O sistema elétrico do corpo
Tendemos a pensar em eletricidade como uma força nociva para nossos corpos. Se um raio o atingir ou se você colocar seu dedo em uma tomada elétrica, a corrente pode mutilar ou mesmo matá-lo. Porém, em doses menores, a eletricidade é inofensiva. Na realidade, ela é um dos elementos essenciais em seu corpo. A eletricidade é necessária para fazermos praticamente tudo.
Quando se quer fazer um sanduíche, por exemplo, seu cérebro envia eletricidade a uma célula nervosa, em direção aos músculos do seu braço. O sinal elétrico informa à célula nervosa para liberar um neurotransmissor (uma comunicação química) para as células musculares. Isso informa aos músculos para contraírem ou expandirem do jeito certo para montar o sanduíche. Quando você apanha o sanduíche, as células nervosas sensitivas em sua mão enviam uma mensagem elétrica para o cérebro, informando-o qual a sensação. Quando você o morde, sua boca envia sinais ao cérebro dando informações sobre os sabores.
Há uma ampla variedade de armas de choque atualmente em uso. Dentre os três projetos mais populares estão a arma de choque de mão padrão, a arma Taser (Tayser) e a arma de choque a líquido; todas têm vantagens e desvantagens.
Desse modo, as diferentes partes do seu corpo usam eletricidade para se comunicarem entre si. Isso é realmente muito parecido com um sistema telefônico ou com a internet. Padrões específicos de eletricidade são transmitidos por meio de linhas para fornecer mensagens reconhecíveis.
Interrompendo o sistema
A eficácia da arma de choque
A eficácia da arma de choque varia dependendo do modelo específico de arma, do tamanho do corpo do agressor e da determinação do agressor. Isso também depende de por quanto tempo você mantém a arma de choque no agressor.
Se usar a arma por meio segundo, uma dolorosa sacudida assustará o agressor. Se você atirar por um ou dois segundos, ele deverá experimentar espasmos musculares e ficar confuso. Se atirar por mais de três segundos, ele ficará desequilibrado e desorientado, perdendo o controle muscular. Determinados agressores com certa fisiologia podem continuar sua ação, apesar do choque.
A idéia básica da arma de choque é interromper este sistema de comunicação. Armas de choque produzem uma carga elétrica de alta-tensão e baixa corrente. Em termos simples, isso significa que a carga tem muita pressão por trás, mas não tanta intensidade. Quando você pressiona a arma de choque contra um agressor e segura o gatilho, a carga passa para o interior do corpo dele. Desde que se tenha tensão suficiente, a carga passará através de roupas pesadas e da pele. Porém, em torno de 3 mili-ampères, a carga não é intensa o bastante para causar danos ao corpo do agressor, a menos que seja aplicada por longos períodos de tempo.
No entanto, envia muitas informações confusas para o sistema nervoso do agressor. Isso faz com que algumas coisas aconteçam:
a carga se combina a sinais elétricos do cérebro do agressor. Isso é como inserir uma corrente espúria em uma linha telefônica: o sinal original é misturado com o ruído aleatório, tornando muito difícil decifrar qualquer mensagem. Quando essas linhas de comunicação falham, o agressor tem muita dificuldade para informar a seus músculos para se moverem, e pode ficar confuso e desequilibrado. Ele é parcialmente paralisado, temporariamente; a corrente pode ser gerada com uma freqüência de pulso que imita o sinal elétrico do próprio corpo. Nesse caso, a corrente informará aos músculos do agressor para fazer bastante esforço em um curto período de tempo. Entretanto, o sinal não direciona o esforço a nenhum movimento específico. O esforço não resulta em nada, mas esgota as reservas de energia do agressor, deixando-o muito fraco para se mover (idealmente).
De modo mais básico, isso é tudo para incapacitar uma pessoa com uma arma de choque: é aplicada eletricidade aos músculos e nervos. Uma vez que há músculos e nervos em todo o corpo, não importa onde exatamente você atinge um agressor.
Tasers voadores
Uma popular variação do desenho da arma de choque convencional é aarma Taser. Armas Taser funcionam do mesmo modo básico que as armas de choque comuns, exceto que os dois eletrodos de carga não estão permanentemente unidos à estrutura. Em vez disso, estão posicionados nas extremidades dos longos fios condutores conectados ao circuito elétrico da arma. Pressionar o gatilho abre um cartucho de ar comprimido dentro da arma. A expansão do gás cria pressão atrás dos eletrodos, lançando-os através do ar, arrastando os fios conectados (esse é o mesmo mecanismo básico de disparo de uma arma de ar comprimido ou "chumbinho").
Os eletrodos possuem pequenos ganchos de modo que irão agarrar na roupa de um agressor. Quando os eletrodos se prendem, a corrente transita dos fios para o agressor, aturdindo-o da mesma maneira que uma arma de choque convencional.
A principal vantagem desse desenho é poder atingir os agressores a umadistância grande (4 a 6 metros). A desvantagem é que você só faz um disparo - é preciso enrolar e reposicionar os fios dos eletrodos, assim como carregar um novo cartucho de gás, a cada disparo. A maioria dos modelos de Taser também possui eletrodos comuns de arma de choque, no caso dos eletrodos do Taser errarem o alvo.
Algumas armas Taser têm embutido um sistema de identificação de atirador. Quando a polícia dispara os eletrodos do Taser, a arma libera dúzias de etiquetas de identificação do tamanho de confetes. Essas etiquetas informam aos investigadores qual arma foi disparada e sua localização. Algumas armas Taser também possuem um sistema de computador que grava o tempo de cada disparo.
Fonte: Como Funciona
Pesquisa: GJD
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